Bom dia, Brasil (10:38h)!
Boa tarde, Espanha (15:36h)!
Vamos à segunda parte do nosso estudo?
Agora começaremos falando um pouco sobre cada um dos sete Orixás que "usamos" no Centro Cabocla Jurema. Como foi dito aqui, existem pelo menos 600 orixás. Contudo, estes orixás "exprimem de maneira mais sintética características divinas que abordaremos, fazendo das demais um sucedâneo ou entrecruzamentos desses.".
Antes de passarmos ao texto do Téo, gostaria de fazer alguns esclarecimentos:
- De modo geral, na Umbanda, e especialmente no Cabocla Jurema, não acreditamos que os Orixás sejam deuses, tal como ocorre no Candomblé. Portanto, não os cultuamos de tal forma. Acreditamos que eles são representantes dessas energias/vibrações divinas e se expressam através das mesmas.
- Muito gentilmente, o Téo disponibilizou seu email para possíveis dúvidas: teofiloneves@gmail.com. Desta forma, gostaria de pedir a quem fizer uso desta ferramenta que tenha bom senso. Afinal, este também é seu email profissional. De preferência, identifiquem o email em "assunto".
- Segue abaixo um "mapa" dos 7 Chákras principais e os Orixás correspondentes. Lembrando que a cor na imagem não representa a cor do chákra, mas sim a cor do orixá representante.
- Aqui não há espaço para intolerância. Vc pode (e deve!) discordar. Porém, como este não é um espaço para debate, guardemos isto para um espaço conveniente.
- Perguntas são muito bem vindas (que responderei à medida do que eu conseguir).
- As práticas e percepções da Umbanda podem variar entre os diferentes terreiros.
- Os textos aqui divulgados são de autoria de Teófilo Alves Neves que, indubitavelmente é inspirado pela Espiritualidade Amiga e serão transcritos na íntegra como me foram passados.
- Os textos que serão publicados com este tema não têm o menor objetivo de "converter fiéis". Não acreditamos neste tipo de fé, mas sim em uma fé baseada na razão. O objetivo é divulgar uma Doutrina belíssima, que é baseada na paz, no amor e na caridade, mas que ainda é pouco conhecida e que, infelizmente, sofre com pré-conceitos.
- Por não serem textos apenas para os crentes nessa Dourina, é uma fonte interessante para aqueles que querem apenas matar a curiosidade.
ORIXALÁ
Por uma questão didática farei sempre distinção na grafia para quando me referir ao Orixá na Umbanda e o Orishá no culto de maior ascendência africana.
Para muitos este Orixá também é chamado de Oxalá, nome este muito atribuído à ideia do próprio Deus. Isto ocorre em razão da referência que o sincretismo fez de Jesus Cristo, o deus vivo dos cristãos e o Orishá yorubano em razão das similaridades do enredo de suas histórias.
Jesus de Nazaré é o salvador cristão. O maior espírito que já encarnou sobre a Terra. Aquele que recebeu a missão excelsa de trazer o divino exemplo a que todos devem seguir, tamanha sua luz e seu compromisso para com todos os espíritos vinculados evolutivamente com a Terra, por isso fora confundido com o próprio Deus. É seu filho, assim como nós, mas mais vivido e sábio. É o líder da Aruanda Maior. Sua envergadura moral e intelectual lhe fez alçado a Governador Planetário. É, por isso, a própria manifestação da vibração original de Orixalá.
Já Orishalá (ou Oshalá) é dentro do mito africano um dos orishás mais velhos da criação do Deus Olorum. E como uma espécie de deus intermediário, foi lhe dada a responsabilidade de primeiro descortinar a escuridão da Terra com o clarear do céu. Após cumprir com esmero teu mister Olorum lhe dá o domínio do céu de onde tudo poderá observar. É o orishá que acaba por se tornar o pai de grande parte dos orishás e por isto é o mais respeitado deles. Motivo pelo qual as roupas que imperam nos terreiros do candomblé são brancas, mesmo que a serventia seja de outro orishá, assim o é em atenção a Oshalá.
Orixalá na Umbanda não é nem um deus nem restritamente Jesus, é sim a Fé em seu sentido mais amplo. Como uma conexão com um propósito maior. Conexão esta que Jesus tinha com o Cristo Cósmico e que Orishalá(o orishá) com Olorum.
Como na certeza de que alguém provém por nós quando estamos engajados em um propósito edificante que acima de tudo nos traga felicidade e paz interior. A Fé é o sentimento que nos faz capazes de nos nortear para algo na certeza que somente coisas positivas nos aguardam. É a mãe da esperança.
Ter Fé não está vinculado a crermos ou não nesta ou naquela religião e sim em um propósito maior para tudo que está a nossa volta. Isto nada mais é que nos movermos com religiosidade, ligados a esta força suprema que tudo encaminha em organiza.
A Fé representa a cabeça das vibrações divinas, pois sem ela não temos direção, não temos rumo. Motivo pelo qual Jesus é a própria manifestação da vibração de Orixalá, porque ele é “o caminho”!
Se há um conceito preciso para Deus este é o Amor. Disto temos que vibrar em Orixalá é o caminho pra estarmos em Zambi, da mesma maneira que agir com Fé é caminhar ao Amor.
Para onde vou? Onde quero chegar? O que quero da minha vida? Perguntas que só têm boas respostas se tiverem o parâmetro da Fé, senão nos guiarão a uma infelicidade no vazio da angústia e que certamente nos levará à depressão e isto significa não termos nossa própria identidade, não passando de massa acéfala. Estaremos perdidos, perdidos de nós mesmos. Por isto o elemento de Orixalá é o Espírito, a consciência, como muito bem traduzia Adelson Antonio, porque é a Fé que nos fortalece nas batalhas diárias e só temos vitórias se tivermos direção. A Bíblia mesmo se refere a uma força divina capaz de nos mover a Deus e renovar nossas forças, tal uma luz que nos guia: o Fogo do Espírito Santo. Que no entendimento do deus uno e trino é o próprio Deus em nós.
Por estarmos vinculados energeticamente ao planeta Terra, para formatarmos um veículo perispiritual capaz de se mover no espaço astral e atrelar-se a um corpo físico compatível à realidade e à densidade material desse planeta, como não poderia ser diferente, foi criada pela sabedoria celeste uma composição bioenergética por um conjunto de centros de força que são divididos em sete sistemas sendo que o último deles é coronário e que está vinculado à vibração de Orixalá.
O Coronário é que recebe de modo mais direto o pensamento do espírito e repassa ao corpo físico. É o centro de controle de todos os processos espirituais e fisiológicos que nos acontecem, estando num nível de densidade energética muito menor por agir em frequências mais intensas da radiação bioetérica. É realmente como que o cérebro de nossa contraparte energética: organizador e ultrassensível, mas nem por isto prescinde dos demais.
Na perspectiva da cromática vibracional, irradia, quando em equilíbrio, tons de lilás e branco dourado. Exatamente por serem, o branco e o lilás variações de maior frequência. É como o Sol dos chakras que coordena a funcionalidade de dos demais organismos.
Dentro de uma concepção astrológica de Umbanda, Orixalá se faz representado pelo Sol, o astro rei. Aquele que mantém em volta de si os outros sendo-lhes o guia com sua luminosidade e magnetismo.
Na prática do terreiro Cabocla Jurema, tem sua cor de representação na cor Branca, sendo a cor das velas direcionadas para a firmeza na vibração da Fé.
Que Orixalá nos guie! Oxalá Beô!
Goiânia, 17 de outubro de 2016.
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