sábado, 29 de abril de 2017

Oxossi

Estrela de hoje: Oxossi, o Caçador de Almas

Como sempre, aí vão os tópicos preliminares!

Antes de passarmos ao texto do Téo, gostaria de fazer alguns esclarecimentos:

  • De modo geral, na Umbanda, e especialmente no Cabocla Jurema, não acreditamos que os Orixás sejam deuses, tal como ocorre no Candomblé. Portanto, não os cultuamos de tal forma. Acreditamos que eles são representantes dessas energias/vibrações divinas e se expressam através das mesmas. 
  • Muito gentilmente, o Téo disponibilizou seu email para possíveis dúvidas: teofiloneves@gmail.com. Desta forma, gostaria de pedir a quem fizer uso desta ferramenta que tenha bom senso. Afinal, este também é seu email profissional. De preferência, identifiquem o email em "assunto".
  • Segue abaixo um "mapa" dos 7 Chákras principais e os Orixás correspondentes. Lembrando que a cor na imagem não representa a cor do chákra, mas sim a cor do orixá representante.

LEMBRANDO QUE:

  • Aqui não há espaço para intolerância. Vc pode (e deve!) discordar. Porém, como este não é um espaço para debate, guardemos isto para um espaço conveniente.
  • Perguntas são muito bem vindas (que responderei à medida do que eu conseguir).
  • As práticas e percepções da Umbanda podem variar entre os diferentes terreiros.
  • Os textos aqui divulgados são de autoria de Teófilo Alves Neves que, indubitavelmente é inspirado pela Espiritualidade Amiga e serão transcritos na íntegra como me foram passados.
  • Os textos que serão publicados com este tema não têm o menor objetivo de "converter fiéis". Não acreditamos neste tipo de fé, mas sim em uma fé baseada na razão. O objetivo é divulgar uma Doutrina belíssima, que é baseada na paz, no amor e na caridade, mas que ainda é pouco conhecida e que, infelizmente, sofre com pré-conceitos. 
  • Por não serem textos apenas para os crentes nessa Dourina, é uma fonte interessante para aqueles que querem apenas matar a curiosidade

OXOSSI








Okê, Caboclo!!!

É sob esse brado contundente que o terreiro Cabocla Jurema saúda, tradicionalmente, este Orixá dos mais cultuados do Brasil.

O mito yorubano de Oshocê se aporta em terras brasileiras sob o manto de “O Caçador”, o Orishá que domina o que podemos chamar de fauna e possibilita a sorte e fartura na caçada. De caráter recluso e pensativo, se esconde em meio às matas donde manejava sua força e sua sabedoria, não sendo muito dado ao convívio com os demais orixás, pois a mata para Oshocê é local de energismo e reflexão, onde sua pujança e vitalidade precisam estar balanceadas para que a natureza esteja perfeita em seu eterno ciclo de “cadeia alimentar”. O alimento que o “Rei das Matas” concedia àqueles que adentravam respeitosamente o seu reino era uma dádiva. Já quem desrespeitasse suas leis de preservação não teria sorte na caçada (podendo tornar-se a caça) ou lá se perderiam em seus labirintos de árvores. Pelo risco era mais que necessária Sua proteção!

Por outro lado, a voz de Oshocê na mata era a absoluta intervenção, sendo capaz de resgatar e guiar tanto os encarnados como os desencarnados perdidos em suas próprias trevas interiores de dor e arrependimento. Não por acaso a saudação mais comum nos cultos de origem africana é Okê Arô, que traduz-se como “respeito àquele que brada”. Ante a tão imensa floresta, verdadeiro santuário da vida que abundava-se nestas “Terras do Cruzeiro Divino”, foi automática a manutenção da crença no Brasil.

Um dos mais eficientes meios da caçada em mata era o arco e flecha e nesse símbolo identifica-se este trono em diversas formas de representação religiosa, seja no candomblé seja na Umbanda. Inclusive, é este o elemento conectivo do sincretismo existente com o Catolicismo, pois é o fato de ter o corpo cravado de flechas que São Sebastião foi chamado pelos negros de Oshocê. E é aí que seu culto se torna um dos mais populares do Brasil, pois São Sebastião é padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, que por sua vez foi capital federal de 1621 a 1960, nada menos que 339 anos, cidade que é o berço mais maciço do surgimento da Umbanda, enquanto movimento religioso assim denominado, quando da apresentação do Caboclo das Sete Encruzilhadas em 1908(na cidade vizinha de Niterói).

Na Umbanda, pelo vínculo a Oxossi ter relações com as matas, este Orixá foi assumindo formatações indígenas, distanciando popularmente do esteriótipo do Orishá yorubano e admitindo acepções dos espíritos ancestrais ameríndios, fato que justifica a denominação de “caboclos”, generalizada na Umbanda a todos espíritos que se portem de maneira ereta e voz firme, mas que especificamente se remete à Oxossi.

Dentro do culto professado pelo Centro Espírita Cabocla Jurema, há muito que se pode aprender com as estórias contadas do Orishá Oshocê em sua origem yorubana, visto que em sua síntese é para nós a vibração do Conhecimento.

O que é o conhecimento senão a busca por respostas. A edificação de nossa consciência. E o que é consciência se não o juízo que fazemos de nós enquanto indivíduo. E o que somos nós senão sentimentos e pensamentos.

Oxossi se abriga na mata não porque gosta de estar recluso, mas porque “precisa”. Nós precisamos consultar a nossa consciência, acalmar nossos ânimos, refletir sobre nossos pensamentos mais íntimos antes de nos posicionarmos. Antes de “bradarmos na mata” é preciso saber onde estamos.

A mesma mata que te esconde é a que oferece os riscos do caminho. A mata representa nossa selva interior. Nossos sentimentos e pensamentos todos juntos. Ela pode funcionar como um labirinto escuro de umidade sufocante ou como ar que limpa nossos pulmões e nos reenergiza. Oxossi é quem tem habilidades para andar nessas matas, pois “Caboclo não tem caminho para caminhar”. É na mata escura que Oxossi, com o seu brado empunha sua vibração e age como o “Caçador de Almas”, flechando-nos em nossas mazelas desequilibrantes.

Os caboclos e caboclas dessa vibração atuam levantando a energia das matas de modo a nos impor a reflexão. Hora nos chamando à razão, hora nos amansando nossos ímpetos. E nesse fluxo de razão e emoção vai acertando cada uma de nossas mazelas mais infelizes, possibilitando divisarmos o conhecimento.

A mata ou a floresta para Oxossi vai além dos diversos simbolismos que apresentamos acima, é a própria energia manifesta da vida. Traduz-se como o Santuário Natural de vitalidade desta vibração, de modo que concentra os quatro elementos básicos da magia: terra, água, ar e fogo. Cada seiva de árvore, cada aroma, cada néctar tem em si parte dessas forças vitalizadas pela vida primitiva que nela impera.

Disto, o Centro Espírita Cabocla Jurema entende que esses conceitos colocam a vibração de Oxossi vinculada ao Chakra Laríngeo, o nosso centro energético de comunicação.

Primeiramente, é importante lembrar que entendemos existirem sete chakras principais e esses se relacionam com as sete linhas originais de Umbanda. No estudo dos chakras temos que os quatro primeiros, chamados de inferiores (de baixo pra cima: básico, sacral, plexo e cardíaco), manipulam energias e pensamentos mais emocionais e vinculados com a materialidade animal humana e suas necessidades biológicas, como veremos nos capítulos seguintes. Já os três superiores (de baixo pra cima: laríngeo, frontal e coronário), sintonizam-se com nossas manifestações mais mentais ou espirituais. Nestas observações não queremos caracterizar a existência de chakras melhores ou piores e sim que cada um tem sua importância na densidade vibracional em que se sintonizam.

Continuando, é função essencial do chakra laríngeo servir de intermediário entre nossas manifestações emocionais (dos quatro chakras inferiores) e racionais (dos outros dois chakras superiores), agindo de modo que nossa consciência se faça expressar. Age como o centro energético do “meio”, cabendo-lhe filtrar nosso impulsos, sejam racionais ou emocionais, sopesando em nossas atitudes. Com isso, temos que é o chacra da comunicação, pois é por ele que fluem nossa maneira de expressarmo-nos: seja escrita, verbal, gestual etc.

Este chakra apresenta duas características muito marcantes de seu desequilíbrio. A primeira bloqueia nossa capacidade de expressar nosso sentimento, impedindo o fluxo de nosso comportamento mais emocional, caso em que há prevalência de vibrações mais mentais desequilibradas. Coloca-nos, assim, de maneira mais fria e distante das pessoas e situações que nos envolvem, agindo de forma mais ríspida e dura.

A segunda, ao contrário, bloqueia nossas percepções mais racionais fazendo imperar em nós a agonia pela explosão de emoções que nos dominam, não sendo capazes de medirmos nossas paixões e a intensidade com que nos comportamos. Nossa língua vira uma verdadeira metralhadora de impropérios capaz de falar de “amor” ao mesmo tempo que incita o ódio mais mortífero.

Em ambos os casos a sensação energética repassada pelo chakra aos órgãos que coordena no corpo físico é de sufocamento. Um porque fala indevidamente deixando uma carga desequilibrada acumular, o outro porque não fala, represando as emoções.

A cor vibracional do chakra é o azul-claro ou turqueza quando em equilíbrio.

Assim, a vibração original de Oxossi é a que nos guia à reflexão pelo conhecimento. Mais precisamente pelo autoconhecimento. Somente com uma consciência hígida somos capazes de sermos felizes ante a nossos defeitos. É a verdadeira acepção da máxima filosófica “conheça-te a ti mesmo”, tão asseverada pela doutrina espírita.

Essa é a bandeira maior da Casa Cabocla Jurema, sendo o norte máximo pelo qual se processam todos os tratamentos manejados no terreiro. Sejam as palestras, os passes magnéticos, as consultas com a espiritualidade; sejam as desobsessões, os atendimentos fraterno ou de “cura”; todos os passos da Casa são regidos por essa máxima.

E quem é cabocla Jurema? Cabocla Jurema é um espírito de altíssimo grau de evolução, a ponto de não ser possível sua manifestação direta pelos médiuns do terreiro, responsável pelos direcionamentos superiores da casa e que vibra na vibração original de Oxossi. Salientamos que, por ser um nome muito comum na Umbanda, referimo-nos especificamente ao espírito que rege nosso terreiro.

Dentro de uma concepção astrológica de Umbanda Oxossi, se faz representado pelo planeta Mercúrio, exatamente por ser este um astro de muita vitalidade e por sua representação com o deus greco-romano da comunicação e do comércio.

Na tradição do Centro Espírita Cabocla Jurema suas velas e cores representam-se pela cor verde, referência às matas e à necessidade de Conhecimento.

Goiânia, 06 de fevereiro de 2017.









domingo, 23 de abril de 2017

Xangô

Olá!
Vamos à terceira parte do nosso estudo, que hoje traz o Orixá Xangô.

Mais uma vez, antes de transcrever o texto do Téo, vou relembrar algumas coisas:


  • De modo geral, na Umbanda, e especialmente no Cabocla Jurema, não acreditamos que os Orixás sejam deuses, tal como ocorre no Candomblé. Portanto, não os cultuamos de tal forma. Acreditamos que eles são representantes dessas energias/vibrações divinas e se expressam através das mesmas. 
  • Muito gentilmente, o Téo disponibilizou seu email para possíveis dúvidas: teofiloneves@gmail.com. Desta forma, gostaria de pedir a quem fizer uso desta ferramenta que tenha bom senso. Afinal, este também é seu email profissional. De preferência, identifiquem o email em "assunto".
  • Segue abaixo um "mapa" dos 7 Chákras principais e os Orixás correspondentes. Lembrando que a cor na imagem não representa a cor do chákra, mas sim a cor do orixá representante.



LEMBRANDO QUE:

  • Aqui não há espaço para intolerância. Vc pode (e deve!) discordar. Porém, como este não é um espaço para debate, guardemos isto para um espaço conveniente.
  • Perguntas são muito bem vindas (que responderei à medida do que eu conseguir).
  • As práticas e percepções da Umbanda podem variar entre os diferentes terreiros.
  • Os textos aqui divulgados são de autoria de Teófilo Alves Neves que, indubitavelmente é inspirado pela Espiritualidade Amiga e serão transcritos na íntegra como me foram passados.
  • Os textos que serão publicados com este tema não têm o menor objetivo de "converter fiéis". Não acreditamos neste tipo de fé, mas sim em uma fé baseada na razão. O objetivo é divulgar uma Doutrina belíssima, que é baseada na paz, no amor e na caridade, mas que ainda é pouco conhecida e que, infelizmente, sofre com pré-conceitos. 
  • Por não serem textos apenas para os crentes nessa Dourina, é uma fonte interessante para aqueles que querem apenas matar a curiosidade.


XANGÔ




Xangô, face a construção do mito que está por trás da sua efetiva atuação, encampa uma porção de símbolos que alcançam um binômio poderoso de significado: justiça e equilíbrio.

O orishá Shangô tem, na mitologia yorubana, um contexto muito confuso, mas que podemos extrair alguns ensinamentos originais de muita utilidade. A mais corrente das estórias traz que Ele era um rei humano e que diante dos seus feitos tornou-se tão soberano que Olorum o elevou a Orishá. Sua contundência e liderança o manteve como Rei. Já como Orishá se assentou no reino natural na manifestação dos raios e nas pedreiras. Teve três Orishás como esposa, sendo conhecido por seu machado de dupla lâmina, sua vaidade, sua agressividade em fazer valer seu desejo e por seu elaborado poder de convencimento e articulação.

No culto do Candomblé é tão respeitado e cultuado que alguns dizem ser o primeiro Orishá a chegar a terras brasileiras, algo que muito provavelmente se deu pela forte presença de negros escravos vindos da região da Nigéria onde era mais venerado. É uma das explicações que fundamenta o fato de muitos candomblés serem chamados de Xangô, denominação muito presente em Pernambuco e na Paraíba.

Analisando a estória, percebemos que ela entrega uma porção de características que assemelham o arquétipo do Shangô yorubano àquelas que emanam da manifestação do chakra Frontal, que é reconhecido por ser o centro de nosso equilíbrio racional.

O estudo do frontal nos explica que é nele onde se manifesta nossa crítica objetiva, atenta aos fatos e extremamente apegada à realidade. Ensejando positivamente o equilíbrio e ponderação, características exigíveis de um líder (Rei) para que seja capaz de controlar as diversas tendências apaixonadas, sejam suas ou de seu povo. Faz-nos amparar em fatos, entregando muita firmeza e convicção, mas acima de tudo, o equilíbrio é fruto da verdade que nos parece cristalina e que no momento certo será do acesso de todos. Por outro lado, quando irradiado negativamente nos faz prepotentes e vaidosos, absolutos em crermos que somos portadores de uma “verdade” que precisa se impor pela força.

A seu turno, este centro de força é conhecido também como o “terceiro olho”, por ser onde se localiza a visão espiritual dos encarnados, a clarividência. Que nada mais é que uma expressão mediúnica na qual se permite ver parte da realidade do mundo espiritual. Tem sua cor de vibração o azul índico, exatamente por ser a cor de frequência imediatamente inferior à presente na manifestação do coronário.

Vislumbramos até aqui que sinteticamente há elementos conectores que aproximam o Orishá yorubano do chakra frontal, colocando-nos parte da essência do verdadeiro arquétipo da vibração original a qual denominamos de Xangô, que nada mais é que a justiça, que tem por objetivo alcançar a verdade que para existir deverá ser equilibrada e coerente à percepção de cada um. Tal verdade, como parcela do amor divino, é rígida como a rocha, apresentando-se irresolúvel ante as intempéries. O equilíbrio é simbolizado pelo machado que tem corte para os dois lados, asseverando que a justiça cósmica toca a todos com o fim de rasgar nossas mentiras e meias verdades que criam máscaras a falsear o que somos negativamente.

A justiça é qual o raio, certeiro e agudo no dissipar das farsas interiores, agente da providência divina. É o raio que acende o fogo que ilumina nossas mentes que só assim tem condições de divisar a nuvem de mentiras que estão à nossa frente. Sejam as que inventamos e passamos a acreditar, sejam as que nos contam e aceitamos por vaidade e prepotência.

A vibração original de Xangô é que maneja os processos kármicos, fazendo valer a máxima cristã de que “o plantio é livre, mas a colheita é obrigatória”. Pois a justiça excelsa não permite uma só ação sem a devida reação, nenhuma causa sem o respectivo e proporcional efeito. São os evoluídos espíritos, já alinhados a essa vibração, que dirigem os chamados Tribunais da Reecarnação.



No enfoque astrológico, a vibração de Xangô se manifesta pelo planeta Júpiter. O maior do sistema solar e o que tem o maior número de satélites em seu redor, todos batizados com nomes de amantes, conquistas ou filhas do deus romano Júpiter (ou sua forma grega Zeus).

O deus greco-romano era conhecido por possuir o controle do céu, o Olimpo, pelas inúmeras parceiras e por ser o senhor dos raios. Qualquer semelhança entre o mito do Xangô yorubano não é mera coincidência. As sete vibrações originais se fazem presentes das mais variadas formas e nas mais diversas civilizações da humanidade. A verdade divina foi passada há tempos mas deturpada pela mente frágil do ser humano.

O arquétipo de Júpiter na astrologia se amolda tão diretamente a Xangô que não precisamos detalhar as conexões.

Na prática do terreiro Cabocla Jurema, sua cor de representação é a marrom, na vibratória da Justiça, por representar imparcialidade e distanciamento racional necessário para a análise das questões kármicas no julgamento do mérito de “cada um segundo as suas obras”.

Goiânia, 31 de outubro de 2016.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

10 fatos sobre mim

Resolvi entrar na brincadeira!

Aqui vão 10 fatos sobre mim, sendo que um é mentira:


  1. Andei de viatura no dia do meu casamento, vestida de noiva e tudo!;
  2. Eu ganhei a Nala porque tive algumas crises de pânico noturno;
  3. Todos sabem o principal motivo de ter me mudado para Belém (mestrado), mas poucos sabem do outro motivo tão forte quanto: me mudei para "fugir" de um relacionamento abusivo;
  4. Eu aprendi nomes científicos de algumas espécies por causa de um ex-crush;
  5. O meu grande sonho é conhecer o Oriente;
  6. A-M-O meias e pijamas;
  7. O primeiro cachorro que resgatei foi no casamento da minha melhor amiga;
  8. Depois da EM, tenho dificuldades de olhar para os dois lados antes de atravessar a rua;
  9. Quando eu era criança, eu queria ser pediatra;
  10. Já pensei em me matar.

É isso aí!
Quem é que sabe?



Olha a dica, aí! 😉

Meu primeiro passeio sozinha

Oi, gente!

Nesta terça, dia 19, saí pela primeira vez sozinha em Madri. O Tiago começou a trabalhar no Museu e eu é que não vou ficar em casa, né?
Então saímos juntos, cada um pegou seu rumo e lá fui eu! ✌

Tenho que admitir que estava um pouquinho ansiosa, com aquele friozinho na barriga e isso me dá uma tremedeira... 😂
É que com a EM, as emoções e sentimentos se manifestam um tantinho mais forte. E um dos principais sintomas é o tremor. Mas não foi nada de mais. Desci na estação (fui de metrô) e fui para a Biblioteca Nacional da Espanha.

GEN-TE! Que lugar!!! 😍

Para começar, olhem a arquitetura externa:





Portão de entrada


Fechada da entrada principal

E para mim, que sou amante de livros, foi sensacional! Eu não consegui tirar muitas fotos porque esqueci de levar minha máquina, os livros expostos estavam dentro de caixas de vidro e muitas vezes acima da minha cabeça... Então eu não alcançava. Rs
Bom, vamos às fotos!

Livros escritos em diferentes línguas:





Os livros diferentões:





As diferentes maneiras de passar uma mensagem:





Os especiais:


Diário de Leonardo Da Vinci, que escrevia ao contrário, da direita para a esquerda. Um das especulações é que ele fazia isso para evitar cópias.


Papiro


Livro em Braile e a primeira máquina que escrevia em Braile


Essas foram algumas fotos das coisas legais que vi. Tinham outras coisas que não eram exatamente livros, mas isso foi o que mais me encantou.

Também fiz uma visita guiada pela biblioteca. E além da história e da beleza do lugar, uma coisa que me deixou muito empolgada, foi ter entendido quase tudo que a guia nos falou (em espanhol)!

E no final dessa visita, um cara percebeu que eu era brasileira. E adivinha? Ele também é. E fomos dar um passeio pela cidade. Foi bem legal!

Andamos muito!! O que me deixou um pouco cansada. Assim, acabei desenvolvendo uma "técnica": passo um dia fora, com muitos passeios e visitas, e um dia em casa, com repouso, livros, blog e Netflix.

Fomos ao Parque Del Retiro. Eu já tinha ido, mas não resisto à essa beleza:



E pra fechar este dia com chave de ouros, quando estava procurando uma estação de metrô para voltar para casa, passei em frente a uma beleza arquitetônica! É muito engraçado... vc está lá, no meio da cidade, aquele tanto de coisa moderna e do nada: páh!


Puerta de Alcala

Então, foi isso...
Vim com tudo, Madri. Me aguente!


segunda-feira, 17 de abril de 2017

Nosso "primeiro" Orixá: Orixalá

Bom dia, Brasil (10:38h)!
Boa tarde, Espanha (15:36h)!

Vamos à segunda parte do nosso estudo?

Agora começaremos falando um pouco sobre cada um dos sete Orixás que "usamos" no Centro Cabocla Jurema. Como foi dito aqui, existem pelo menos 600 orixás. Contudo, estes orixás "exprimem de maneira mais sintética características divinas que abordaremos, fazendo das demais um sucedâneo ou entrecruzamentos desses.".



Antes de passarmos ao texto do Téo, gostaria de fazer alguns esclarecimentos:

  • De modo geral, na Umbanda, e especialmente no Cabocla Jurema, não acreditamos que os Orixás sejam deuses, tal como ocorre no Candomblé. Portanto, não os cultuamos de tal forma. Acreditamos que eles são representantes dessas energias/vibrações divinas e se expressam através das mesmas. 
  • Muito gentilmente, o Téo disponibilizou seu email para possíveis dúvidas: teofiloneves@gmail.com. Desta forma, gostaria de pedir a quem fizer uso desta ferramenta que tenha bom senso. Afinal, este também é seu email profissional. De preferência, identifiquem o email em "assunto".
  • Segue abaixo um "mapa" dos 7 Chákras principais e os Orixás correspondentes. Lembrando que a cor na imagem não representa a cor do chákra, mas sim a cor do orixá representante.




LEMBRANDO QUE:



  • Aqui não há espaço para intolerância. Vc pode (e deve!) discordar. Porém, como este não é um espaço para debate, guardemos isto para um espaço conveniente.
  • Perguntas são muito bem vindas (que responderei à medida do que eu conseguir).
  • As práticas e percepções da Umbanda podem variar entre os diferentes terreiros.
  • Os textos aqui divulgados são de autoria de Teófilo Alves Neves que, indubitavelmente é inspirado pela Espiritualidade Amiga e serão transcritos na íntegra como me foram passados.
  • Os textos que serão publicados com este tema não têm o menor objetivo de "converter fiéis". Não acreditamos neste tipo de fé, mas sim em uma fé baseada na razão. O objetivo é divulgar uma Doutrina belíssima, que é baseada na paz, no amor e na caridade, mas que ainda é pouco conhecida e que, infelizmente, sofre com pré-conceitos. 
  • Por não serem textos apenas para os crentes nessa Dourina, é uma fonte interessante para aqueles que querem apenas matar a curiosidade.

ORIXALÁ


Por uma questão didática farei sempre distinção na grafia para quando me referir ao Orixá na Umbanda e o Orishá no culto de maior ascendência africana.

Para muitos este Orixá também é chamado de Oxalá, nome este muito atribuído à ideia do próprio Deus. Isto ocorre em razão da referência que o sincretismo fez de Jesus Cristo, o deus vivo dos cristãos e o Orishá yorubano em razão das similaridades do enredo de suas histórias.

Jesus de Nazaré é o salvador cristão. O maior espírito que já encarnou sobre a Terra. Aquele que recebeu a missão excelsa de trazer o divino exemplo a que todos devem seguir, tamanha sua luz e seu compromisso para com todos os espíritos vinculados evolutivamente com a Terra, por isso fora confundido com o próprio Deus. É seu filho, assim como nós, mas mais vivido e sábio. É o líder da Aruanda Maior. Sua envergadura moral e intelectual lhe fez alçado a Governador Planetário. É, por isso, a própria manifestação da vibração original de Orixalá.

Já Orishalá (ou Oshalá) é dentro do mito africano um dos orishás mais velhos da criação do Deus Olorum. E como uma espécie de deus intermediário, foi lhe dada a responsabilidade de primeiro descortinar a escuridão da Terra com o clarear do céu. Após cumprir com esmero teu mister Olorum lhe dá o domínio do céu de onde tudo poderá observar. É o orishá que acaba por se tornar o pai de grande parte dos orishás e por isto é o mais respeitado deles. Motivo pelo qual as roupas que imperam nos terreiros do candomblé são brancas, mesmo que a serventia seja de outro orishá, assim o é em atenção a Oshalá.

Orixalá na Umbanda não é nem um deus nem restritamente Jesus, é sim a Fé em seu sentido mais amplo. Como uma conexão com um propósito maior. Conexão esta que Jesus tinha com o Cristo Cósmico e que Orishalá(o orishá) com Olorum.

Como na certeza de que alguém provém por nós quando estamos engajados em um propósito edificante que acima de tudo nos traga felicidade e paz interior. A Fé é o sentimento que nos faz capazes de nos nortear para algo na certeza que somente coisas positivas nos aguardam. É a mãe da esperança.

Ter Fé não está vinculado a crermos ou não nesta ou naquela religião e sim em um propósito maior para tudo que está a nossa volta. Isto nada mais é que nos movermos com religiosidade, ligados a esta força suprema que tudo encaminha em organiza.

A Fé representa a cabeça das vibrações divinas, pois sem ela não temos direção, não temos rumo. Motivo pelo qual Jesus é a própria manifestação da vibração de Orixalá, porque ele é “o caminho”!

Se há um conceito preciso para Deus este é o Amor. Disto temos que vibrar em Orixalá é o caminho pra estarmos em Zambi, da mesma maneira que agir com Fé é caminhar ao Amor.

Para onde vou? Onde quero chegar? O que quero da minha vida? Perguntas que só têm boas respostas se tiverem o parâmetro da Fé, senão nos guiarão a uma infelicidade no vazio da angústia e que certamente nos levará à depressão e isto significa não termos nossa própria identidade, não passando de massa acéfala. Estaremos perdidos, perdidos de nós mesmos. Por isto o elemento de Orixalá é o Espírito, a consciência, como muito bem traduzia Adelson Antonio, porque é a Fé que nos fortalece nas batalhas diárias e só temos vitórias se tivermos direção. A Bíblia mesmo se refere a uma força divina capaz de nos mover a Deus e renovar nossas forças, tal uma luz que nos guia: o Fogo do Espírito Santo. Que no entendimento do deus uno e trino é o próprio Deus em nós.

Por estarmos vinculados energeticamente ao planeta Terra, para formatarmos um veículo perispiritual capaz de se mover no espaço astral e atrelar-se a um corpo físico compatível à realidade e à densidade material desse planeta, como não poderia ser diferente, foi criada pela sabedoria celeste uma composição bioenergética por um conjunto de centros de força que são divididos em sete sistemas sendo que o último deles é coronário e que está vinculado à vibração de Orixalá.

O Coronário é que recebe de modo mais direto o pensamento do espírito e repassa ao corpo físico. É o centro de controle de todos os processos espirituais e fisiológicos que nos acontecem, estando num nível de densidade energética muito menor por agir em frequências mais intensas da radiação bioetérica. É realmente como que o cérebro de nossa contraparte energética: organizador e ultrassensível, mas nem por isto prescinde dos demais.

Na perspectiva da cromática vibracional, irradia, quando em equilíbrio, tons de lilás e branco dourado. Exatamente por serem, o branco e o lilás variações de maior frequência. É como o Sol dos chakras que coordena a funcionalidade de dos demais organismos.

Dentro de uma concepção astrológica de Umbanda, Orixalá se faz representado pelo Sol, o astro rei. Aquele que mantém em volta de si os outros sendo-lhes o guia com sua luminosidade e magnetismo.

Na prática do terreiro Cabocla Jurema, tem sua cor de representação na cor Branca, sendo a cor das velas direcionadas para a firmeza na vibração da Fé.

Que Orixalá nos guie! Oxalá Beô!

Goiânia, 17 de outubro de 2016.


domingo, 16 de abril de 2017

Estudo Resumido De Umbanda

Gente, estou muito empolgada para o que vem a seguir!

Algumas pessoas me procuram perguntando onde é o Centro de Umbanda que frequento, como funciona, o que é a Umbanda, o que são Orixás... então resolvi trazer uma série de textos que respondem, de forma básica e resumida, algumas dessas perguntas.

Mas antes de começar a divulgação, alguns esclarecimentos:

  • Aqui não há espaço para intolerância. Vc pode (e deve!) discordar. Porém, como este não é um espaço para debate, guardemos isto para um espaço conveniente.
  • Perguntas são muito bem vindas (que responderei à medida do que eu conseguir).
  • As práticas e percepções da Umbanda podem variar entre os diferentes terreiros.
  • Os textos aqui divulgados são de autoria de Teófilo Alves Neves que, indubitavelmente é inspirado pela Espiritualidade Amiga e serão transcritos na íntegra como me foram passados.
  • Os textos que serão publicados com este tema não têm o menor objetivo de "converter fiéis". Não acreditamos neste tipo de fé, mas sim em uma fé baseada na razão. O objetivo é divulgar uma Doutrina belíssima, que é baseada na paz, no amor e na caridade, mas que ainda é pouco conhecida e que, infelizmente, sofre com pré-conceitos. 
  • Por não serem textos apenas para os crentes nessa Dourina, é uma fonte interessante para aqueles que querem apenas matar a curiosidade.
Vamos nessa?

💜💛💚💙💗

PREFÁCIO 

Um grande saravá a todos os estudiosos e amantes da Umbanda.

Este estudo tem a intenção de clarear, sem muita profundidade e de modo sintético, a dinâmica doutrinária desenvolvida pelo Terreiro Cabocla Jurema. De antemão, tudo que aqui for exposto são estudos que tem sido acolhidas pelos dirigentes espirituais do terreiro.

Para ampliar o entendimento recomendo a leitura de algumas obras de cunho doutrinário, como: 

Umbanda. A Proto-síntese Cósmica, de Rivas Neto














Umbanda Sagrada, de Rubens Saraceni














Umbanda Pé No Chão, de Norberto Peixoto














Todas obras respeitáveis que, apesar de divergirem-se em certos pontos, entregam um norte crítico para o desenvolvimento de uma Doutrina de Umbanda. Ressalto que, ao contrário da doutrina Espírita, a Umbanda não possui um corpo firme de livros “inquestionáveis”, como as obras básicas escritas por Alan Kardec.

Todos os conceitos levantados por este ensaio são fruto da análise detida dessas e outras obras e da prática mediúnica revelada nas manifestações de dentro do terreiro, que nos direcionou à conclusão por um corpo doutrinário próprio e adequado à nossa vivência espiritual.

Alerto aos censores de toda hora, que a verdade encontra-se somente na sabedoria empírica do Orixás! Não somos senhores da verdade, mas trabalhamos com disciplina e no amor na busca dela, a fim de que sejamos plenos em espírito. 
Salve Tupã*! 
Salve Zambi*! 
Salve o Grande*! 
Salve as Sete Linhas de Umbanda! 

*Nota pessoal: Diferentes nomes para se referir a Deus

AGRADECIMENTOS 

Antes de começar não posso deixar de agradecer ao meu Pai carnal e de Santo, Adelson Antonio, por ter iniciado-me na Doutrina de Umbanda e pela gama de aprendizados recebidos em seus estudos, nos seus questionamentos e por via da psicofonia pelos queridos Caboclos Igaraçu, Itamaracá, Campina Grande e Marabô e pelos Pretos Velhos Agripinos. 

Agradeço também a meus amigos espirituais de toda hora presentes pela mediunidade de meu amigo João Araújo: Vô Tomé, Caboclo Samabaia, Pai José de Aruanda, Vô Benedito e o outro Marabô, pelo constante apoio em fortalecer minhas convicções de espiritualidade. 

A minha mãe Cici e minha esposa Tatiane pela paciência em ouvir minhas interrogações e explicações ainda imprecisas, quando da busca sôfrega por respostas. 

E, por fim, a todos os que com sua ação mediúnica me fizeram desenvolver uma crítica sobre esta Umbanda de Todos Nós, como diz W. W. da Matta e Silva, o venerável Mestre Yapacani.



Quem tiver interesse, o melhor desse livro é comprar! Como o Téo disse: é um livro que vc consulta sempre. Além disso, livros como este, para estudo, eu sublinho e faço anotações. Então, por estes dois motivos, não é um livro "de empréstimo". Além disso, com ele vêm cinco mapas, que serão todos seus! 😍

COSMOGONIA 

Conceito: 1. corpo de doutrinas, princípios (religiosos, míticos ou científicos) que se ocupa em explicar a origem, o princípio do universo; cosmogênese. 2. conjunto de teorias que propõe uma explicação para o aparecimento e formação do sistema solar. 

Deus, Tupã, Zambi, O Grande ou Olorum. Seja qual nome atribuir existe uma força cósmica que é a origem de tudo e de nós, seres espirituais. É o Criador.

Olhando de modo mais detido para o planeta Terra, o qual estamos vinculados, Tupã quando da criação de toda a estrutura física e etérica deste orbe dedicou tal missão a sete espíritos de altíssima estirpe, que por Evolução já representavam as Suas sete vibrações cósmicas, os sete sentidos da ação de Deus, as sete virtudes originais, a quem chamamos de Orixás¹. 

Os Orixás como verdadeiros cultivadores prepararam (e preparam) o planeta para que quando fosse chagada a hora O Criador lançasse as sementes de espíritos que começariam uma jornada de individualização consciencial, que enseja estágios no mineral, no vegetal, no animal e no hominal, para num futuro alcançar-se a angelitude, de onde os Orixás já passaram. 

Por isto é comum a correlação das Sete Potências Divinas com elementos naturais e os santuários naturais, por que Eles participaram ativamente do processo de formatação de nosso planeta e é na natureza que se encontra suas energias de maneira mais original, mas adequada a nos reenergizar.

É importante aqui fazermos uma ressalva: estou me referindo especificamente ao processo de desenvolvimento do planeta Terra e dos Sete Espíritos incumbidos disso e não da Via láctea ou do Universo, pois isso está numa escala de compreensão e evolução acima até mesmos dos nossos Orixás. 

Estes Orixás alcançaram sua luz por meio da vivência milenar em diversos sistemas planetários, alcançando degrau a degrau suas escalas evolutivas, em atenção expressa à Lei do Progresso, tão claramente explicada por Alan Kardec. 

Não há que crermos em seres incriados, pois o único é o próprio Zambi. Nem que se falar em seres criados puros e perfeitos, pois isto fere a equidade divina e a própria Lei do Progresso. Os Orixás tem sua autoridade por mérito e trabalho árduo nos desígnios do Criador. 

O termo orixá tem origem no culto africano yorubá e poderia ser traduzido como Senhor da Cabeça, uma referência direta ao domínio sobre nossos caminhos. E por ascensão cultural com o povo negro, a Umbanda em seu processo de constituição, se apropriou da expressão utilizada pelo culto yorubano para se referir aos seus deuses, conceito não abraçado pela Umbanda. 

A Umbanda é fruto da assimilação do todo, das diversas escolas do conhecimento humano que passaram pela Terra com o objetivo de impulsionar a evolução espiritual de seus habitantes. É, portanto, uma religião sintética por absorver teorias de várias correntes religiosos sendo capaz de uni-las de modo coerente em um único norte: DEUS. Não se trata de uma religião sincrética como afirmam alguns, pois não há confusão ou mera junção de crenças. É fruto da seleção do conhecimento espiritual sem as deturpações trazidas pela cegueira humana no decorrer nos milênios.

Mas pode se perguntar por que sete, se até mesmo os orixás yorubanos são em pelo menos 600? O autor que melhor responde isto é Matta e Silva quando relaciona o poder deste número em nossa vida e quantas coisas estão vinculadas a ele desde a antiguidade de diversos povos, o que faz da Umbanda não uma síntese brasileira e sim mundial. Por exemplo, temos que: 

-Deus depois de criar o mundo descansou no sétimo dia; 
-Jesus Cristo diz que devemos perdoar não 7 vezes mais 77 x 7; 
-7 Planetas Astrológicos; 
-Cada fase da Lua tem 7 dias; 
-7 Chakras Principais;
-7 Cores do Arco Íris; 
-7 Dias da Semana; 
-7 Notas Musicais; 
-7 Pecados Capitais. 

Pode se perguntar também por que utiliza estes Orixás, que logo especificaremos, e não outros. Porque esses exprimem de maneira mais sintética características divinas que abordaremos, fazendo das demais um sucedâneo ou entrecruzamentos desses. 

Feitas essas considerações sobre os Orixás, espero que tenham diversas dúvidas que serão sanadas em outros momentos. Seguiremos agora com atenção mais dedicada a cada Orixá, mas antes segue um quadro de correlações básicas


Goiânia,17 de outubro de 2016.

(¹) As sete linhas vibracionais existem antes dos sete espíritos. Em outras palavras, a vibração Orixá é anterior aos espíritos que a representam no mais alto posto da hierarquia planetária. Mas, no geral, quando utilizamos o termo Orixá fazemos referência a ambos: à vibração energética e ao espírito, pois a conexão dos Espíritos no nível de Orixá é enorme com a energia que manifestam.

Então, para fazer uma conclusão...

Os textos que serão divulgados aqui fazem parte da gama de textos que o Centro Cabocla Jurema utiliza em seus estudos.
Nossos estudos acontecem toda terça, das 20h às 21h, e o desenvolvimento a seguir, até às 22h.
Nossa! Mas pra que estudar? 
Acho que a pergunta certa seria "por que não estudar?". Tudo, para que seja bem feito, é necessário conhecimento. Então, para praticar a mediunidade de forma responsável e para viver de forma responsável, é preciso estudo.
Para me esclarecer melhor:
"Praticar a mediunidade" não é receber espírito e muito menos fazer macumba. Todos nós temos algum grau de mediunidade. É algo orgânico. Por exemplo, quando vc dá um conselho, quando vc tem uma intuição, um sonho, quando faz uma oração... tudo isso é sua mediunidade agindo de alguma forma.
"Viver de forma responsável" é entender que nossa "vida espiritual" não se separa da nossa "vida material". Não faz sentido (e não faz bem!) viver uma vida dentro da sua igreja/centro/templo, sair dali e viver de forma contraditória. É entender que para tudo nessa vida existe consequências. As coisas boas e as ruins. "O plantio é opcional, a colheita é obrigatória". É entender que "fora da caridade não há salvação".

Enfim, meu povo. Espero que tenham gostado!
Os textos que seguirão, trarão conhecimentos sobre os 7 Orixás estudados no Centro Cabocla Jurema.
Até lá!
Salve! ✋








Uma voltinha de Bike em um antigo matadouro

Pois bem, ontem eu andei de bicicleta pela primeira vez depois de sei lá quantos anos... Sério! Não me lembro quando foi a última vez.
Isso significa que eu já não andava antes da EM.


Olha eu mandando ver aí! 


Fomos ao El Matadero de Madri. E lá podemos alugar bicicletas para andar pelo parque.

O antigo matadouro é um conjunto de 48 edifícios, construídos entre 1911 e 1925, às margens do rio Manzanares. Este espaço é um claro exemplo de transformação de um local que, ao longo da sua história, mudou totalmente sua função original.
Esteve ativo de 1920 e 1996 e hoje é uma pequena cidade dedicada à cultura, em suas variadas formas artísticas e exposições temporais


Ontem era sábado de Páscoa, então pegamos muitas coisas fechadas. Mas os edifícios são lindos!
É tão impressionante pensar que um lugar de matança se tornou um lugar dedicado à cultura e lazer! 😍
Infelizmente, isso me parece impossível de acontecer no Brasil... 💔

Quanto ao passeio, foi uma voltinha de 30 minutos. Mas foi bem legal!

Ah! Já eram quase 17h e olha só o sol. Por isso, além do esforço físico, tive que lidar também com o calor, que me deixaram bastante cansada. Mas voltamos voltamos para casa um pouquinho mais cedo e me dediquei seriamente à cama e ao Netflix. 😉




Fontes:

https://umbrasileironaespanha.wordpress.com/2013/09/27/o-matadouro-de-madrid/

https://www.esmadrid.com/pt/informacao-turistica/matadero-madrid


quarta-feira, 12 de abril de 2017

Uma viagem esclerosada

Agora vamos falar da parte esclerosística da viagem...

Para viajar, É CLARO, precisei me preocupar com minha saúde e consequentemente, meus remédios.
Vou resumir o que foi preciso.

Para levar minhas injeções precisei mostrar no J. Barbosa (órgão onde pego o remédio) as passagens para que liberassem uma quantidade maior. Então, permitiram que eu trouxesse injeções para 4 meses. Em julho, minha mãe irá até lá para renovar o processo (procedimento realizado a cada 3 meses) e pegará para mais 3 meses. Ela enviará por um SEDEX, devidamente refrigerado e embalado.

O meu neurologista preparou para mim um relatório médico e a receita.
Minha psiquiatra fez o mesmo, assim como meu ginecologista.
Portanto, estou abastecida com meus remedíneos! 👌

Como eu disse aqui, estávamos viajando desde quinta, dia 6 de abril.
Quinta: 21h saímos de Morrinhos - GO e chegamos pouco depois das 22h.
Sexta: Pegamos a estrada por volta de 8h e chegamos a Bragança Paulista lá pelas 18h.
Sábado: Fomos almoçar em Atibaia - SP.
Domingo: Às 10h pegamos a estrada para almoçar com a Sol, noiva do meu pai, em Idaiatuba - SP. Chegamos em casa no fim da tarde.
*Neste dia senti-me mal. Com fadiga e tremores.
Segunda: Acordei às 3h e viajamos até o aeroporto. Nosso voo saiu às 8h. Chegamos em Bogotá às 13h. Fomos para Monserrate e pegamos o voo para Madri às 21h. Às 22h fiz a injeção dentro do avião mesmo.


*Durante o primeiro voo, senti-me muito cansada. Dores nas pernas e um sono para o qual não conseguia "me entregar"... eu não sei bem explicar isso. Então pedi ao Tiago para que procurasse outro assento e me deixasse deitar nas duas poltronas. A posição em que estava me deixava muito desconfortável e ansiosa. 
Terça: O desconforto e a ansiedade voltaram, mas o avião estava lotado; não havia outro assento vago para o Tiago sentar. A comissária não me deixou deitar no chão ou qualquer outro lugar... foi realmente péssimo! Por fim, coloquei as pernas em cima das pernas do Tiago, e consegui um sono leve e parcelado... Chegamos às 7h no horário de Brasília, o que dava 12h aqui. Confundimos estes horários e o falamos errado para o senhorio... 😌
Então tivemos que esperar por 3h, até que tivesse alguém em casa para nos receber.



Chegamos, tomamos um banho daqueles e dormimos um pouquinho!
Depois saímos para dar uma volta e conhecer as redondezas...


Como disse meu irmão: vc vai perceber que as casas dos pobres e dos ricos são todas iguais... 😃


Detalhe: 19:50h e olha o sol!












A vizinhança mais bonita que vc respeita!