Alô, pessoinhas!
Meu primeiro post neste blog foi falando de tattoo, lembram?
Eu contei aqui que duas de minhas seis tatuagens impulsionaram a criação d'O Diário.
Ainda não leu? Corre lá. É bem o primeirinho texto!
Clica aqui pra ler.
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Depois dessas duas tattoos, eu já fiz mais duas. E até postei umas coisinhas delas lá no Insta do Blog.
Mas eu pensei: por que não fazer um post falando sobre isso?
Pois bem, cá estou!
Primeiro:
"Mas meu Deeeeus! Vc tem seis tatuagens? Precisa disso, menina?" - no maior estilo Vó Ana.
Eu tenho seis e ainda faltam muitas! 😁
Primeiro:
"Mas meu Deeeeus! Vc tem seis tatuagens? Precisa disso, menina?" - no maior estilo Vó Ana.
Eu tenho seis e ainda faltam muitas! 😁
Meu primeiro contato real com tatuagem foi em 2002, quando minha mãe resolveu fazer a sua primeira, uma orquídea.
Sim, minha mãe é cocota e vcs não sabem o quanto eu passei raiva na minha adolescência! 😅
Eu fiquei mó empolgada. Eu tinha 15 anos.
- Moço, eu também quero fazer uma.
- Você é menor de idade.
- Ela - apontei pra minha mãe que confirmou com a cabeça - deixa.
- Mas eu não tatuo menor de idade.
MELHOOOR COISA QUE ESSE CARA PODERIA TER FEITO POR MIM!
Por quê?
Gente, cêis já notaram que eu sou super cabeça aberta, né? Mas hoje eu vejo que, com 15 anos, eu não estava apta NEM para decidir uma roupa decente para mim.
Além do mais, depois de um tempo - não sei quando, nem como - eu tomei "nojinho" de tatuagem. Pode uma coisa dessas?
Depois de mais um tempo, eu deixei o nojinho e me concentrei nas dúvidas: Eu quero fazer? Pra quê? Por quê? Fazer o quê? E se eu enjoar? Faria onde? E quando eu ficar velhinha, vai enrugar?
Até que em 2011, eu pensei, ainda indecisa, que eu deveria fazer. Foi um ano cheio de mudanças, eu já não era mais a mesma. Por que não fazer uma?
Mas ainda ficava: Fazer o quê? E se eu enjoar? Faria onde? E quando eu ficar velhinha, vai enrugar?
Aí aconteceu uma coisa interessante. Num festival de rock, em Belém, onde eu morava, passou uma moça com uma tatuagem no braço. E essa tattoo super me chamou atenção. Começava próximo ao cotovelo. Um bonequinho tocando um violino, se não me engano, e subiam notinhas de música pelo braço. Eu fiquei vidrada naquele desenho. Eu queria aquelas notinhas all over the body! 😂
Mas guardei a ideia. Fiquei ali, revivendo aquele desenho, ainda sem coragem.
Em novembro deste mesmo ano, fui fazer uma viagem de campo com alguns colegas de laboratório e lá conheci a Vivian, que já tinha algumas tattoos. E conversamos sobre. Meu maior medo era sobre ficar velhinha. "Vou ter que esticar a pele para meus netos verem o desenho?". E prontamente a Vivian disse: mas quando vc for avó, todos os avós terão tatuagem também!
GEN-TE-DO-CÉU!
Cumékeu nunca pensei nisso?
A decisão de fazer minha primeira tatuagem nasceu ali, naquele barco, no meio do Rio Tocantis, após semanas sem contato com muita gente, inclusive a família.
Luciana Oliveira, Ângelo Dourado, Eu, Vivian Trevine e Josehan Frota
Prontos para, literalmente, entrar em campo e coletar uns bichinhos!🐍🐸
Pois bem, em dezembro, voltei para casa da minha mãe, em Goiânia, para passar o Natal. Já com a ideia concretizada. Eu faria as notinhas. Como? Sozinhas? Onde? A finalização da ideia foi se dando em Goiânia, aos poucos. Dia 2 de janeiro, assim que virou o ano, eu fui ao mesmo estúdio que minha mãe havia tatuado há anos atrás e marquei para o dia seguinte. Dia 3 de janeiro de 2012 eu fiz minha primeira tattoo! 😍
- Primeira Tattoo - 3 de janeiro de 2012: notinhas musicais
Tatuei no estúdio do Emerson Ferreira, mas não foi feita pelo Emerson. Não me lembro o nome do cara que fez. Então vou por a foto dele:
Eu encontrei a referência para esse desenho na internet. Claro que fiz essas notinhas porque eu adorei o desenho que vi no festival, mas toda a minha família: eu, meu irmão, minha mãe e meu pai (especialmente meu pai e irmão), somo envolvidos com música. Tocamos, cantamos e não sei bem explicar, mas a nossa vida é movida por e com música. Somos aficionados.
Cada fase da minha vida foi e é marcada por uma ou várias músicas.
Tanto é que, quando cheguei em casa, tivemos a ideia de nós três (meu pai não, porque ele e minha mãe são separados e ele não gosta de tatuagem) de fazermos todos uma "tatuagem de família"!
Foi muito massa e ficou tudo lindo! O tempo que passamos ali juntos, brincando, reclamando da dor própria e fazendo piada com a dor alheia foi muito especial! 💛💗💚
Estas são as tatuagens do meu irmão e da minha mãe, respectivamente:
Esse é o Toddy, Toddynho para os íntimos
Por anos eu fiquei mó felizona. Recebi altos elogios (ui!).
Eu achava, e as pessoas comentavam, que nem parecia uma tatuagem! Pareciam pintinhas com formas! Ficou tão natural, tão chuchuzinho que eu morri de amor e prometi a mim mesma que nunca faria outra. Porque nenhuma ficaria assim, tão natural e fofínea. 😍
- Segunda Tattoo - 21 de julho de 2015: tulipa
Bom, aqui eu não vou dizer nem quem fez, nem onde foi feita. Por quê?
Porque eu não gostei do resultado.
Seguinte:
No final do primeiro semestre de 2015 eu, que já estava namorando uma tatuagenzinha bem bonitinha de uma tulipa, resolvi que queria fazer uma tulipinha também. É a minha flor preferida! 🌹 E na referência ela estava tão delicada. Com traços tão fininhos. Estava linda! 😍
Eu ainda morava em Belém, mas viria passar o mês de julho em Goiânia, então procurei um(a) tatuador(a) daqui. Acho que um dos meus erros foi não procurar referências com outras pessoas. Só vi o Instagram do profissional. E acreditem: é muito diferente!
Ainda em Belém, marquei para o final do mês de julho e mostrei a referência. Falei que queria umas mudanças assim e assado. Até então, como sabem, eu sou havia feito uma. Mas essa história de vc ir ao estúdio, procurar numa pasta cheia de desenhos e escolher aquele que vc quer, já não está com nada. É comum que o tatuador te mostre ao menos um esboço. Nem que seja na hora que vc chegar lá para tatuar! Pois bem: cheguei lá e não tinha nada preparado. Ficamos buscando por referências no Google imagens, numa TV no meio da recepção.
Como uma boa libriana, eu estava morrendo de dúvida e fui facilmente convencida por duas ou três opções que ganharam a galera e, consequentemente, a mim. Quer ganhar um libriano? É só a plateia dizer que é bonito, que gostou... 😳
Essa foto não mostra os detalhes, mas eu que convivo o tempo todo com ele, sei dizer a vcs cada pedacinho que não me agrada. Vou contar aqui alguns critérios que me fazem ficar muito chateada:
- Não sei se é a qualidade da tinta, mas o preto está deixando de ser pretinho.
- A tinta ficou meio "alta" na pele, sabe?
- Os traços são grosseiros e tortos. Em algumas linhas é possível notar espessuras diferentes. No mesmo traço!
- Alguns traços ficaram tão grosseiros que se juntam.
Enfim, "história da minha vida".
Já saí do estúdio pensando em me arrepender.
Passei mais de ano pensando em maneiras de cobrir ou modificar o desenho. Até que eu me convenci com o argumento de algumas pessoas, inclusive de uma tatuadora famosa daqui em Gyn: essa tatuagem faz parte de quem vc foi.
Então é isso: assumi minha tulipinha e, apesar de não me orgulhar dela, não tenho mais vergonha.
Fica aí a lição pra geral. 😏
👉 Botem reparo a partir de aqui que: quatro das seis tatuagens eu fiz depois do diagnóstico.
E tem problema? Sei não, mas acho que não.
Por que eu acho que não?
Motivo 1: logo depois de terminar a quinta tattoo, eu tinha horário marcado com o neuro. Quando ele viu o plástico perguntou:
- O que isso?
- Tatuagem nova!
- Pensei que fosse queimadura...
Motivo 2:
Quando fiz essas tatuagens, as tatuadoras estavam cientes sobre a EM e não fizeram nenhuma objeção.
- Terceira e quarta Tattoos - 23 de novembro de 2016: a Nala e uma frase da oração de São Francisco de Assis
Essas obras de arte foram feitas pela Lays Alencar.
Não preciso falar muito sobre ela porque o nome já fala por si só sobre todo o seu talento e competência.
A primeira tatuagem feita foi a Nala. Por que vc tatuou sua cachorra?
A Nala mudou minha vida. Ela chegou para aplacar minhas dores, para me ajudar a lidar com o pânico noturno, para me acompanhar nas sonecas, para me dar amor sem pedir nada em troca (mentira que essa aí não pode ver comida!) e para me mostrar o quanto eu sou capaz de amar. Com o tempo, ela até me despertou o olhar para o vegetarianismo. Mas esta longa história está no primeiro post do blog e também neste aqui.
A segunda tatuagem foi a primeira frase da oração de São Francisco de Assis: "Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.".
Por quê?
Pela EM, claro!
A EM me mudou, me trouxe autoconhecimento, me fez enxergar que eu poderia ser para os outros, tudo aquilo que muitos foram para mim quando eu precisei: um instrumento da paz de Deus.
Quer saber detalhes dessa história? Volto a dizer: está lá no primeiro post do Blog.
- Quinta Tattoo - 1 de novembro de 2017: Hogwarts
Antes de viajar para Madri eu já sabia que ia querer uma tatuagem para essa viagem! 😇
Mas mesmo depois da viagem, eu ainda não sabia o que tatuar.
Quando cheguei, pensei em tatuar uma coisinha do Harry Potter, por causa da minha viagem para Londres, onde fui para o estúdio onde foi filmado o filme. Eu falei detalhadamente dessa viagem aqui.
Achei uma referência super bacana e estava pronta para tatuar. Minha referência era parecida com esta da foto abaixo. Mas no lugar da vassoura, era a Varinha das Varinhas (entendedores, entenderão).
Mas aí veio uma super ideia: e seu eu fizer uma tatuagem de cada lugar que eu estive duarnte essa viagem??? 😵
Eu sou uma genia! 😎
Eu sei que está parecendo que eu fiz no joelho ou que minha perna dobra pro lado contrário, mas não. A tatuagem está na batata da perna esquerda
Essa tatuagem foi feita no estúdio Harumi, pela tatuadora mó lindinha e competente: Caiuri.
- Sexta Tattoo - 25 de novembro de 2017: Big Ben
Quando eu penso que a próxima vai demorar, estou eu, lá de boa na lagoa, fuçando o Insta da Caiuri e vejo que ela fez uns flashes para a Black Friday de lugares turísticos. E adivinha quem estava lá, todo pimpão?
ELE! 💖
E aí que minhas pernas, atrás, agora são mais ou menos assim:
Bom, é isso!
Eu tenho seis tatuagens, mas eu sou uma pessoa do bem, viu gente? 😆
Eu fiz quase todas sem nenhum arrependimento. Aprendi com aquela que me fez arrepender e estou aqui: feliz, com a autoestima na melhor classificação e pronta para aS próximaS.
Ah, sobre meu pai não gostar?
Na primeira tatuagem, a das notinhas, quando eu postei no Facebook, ele comentou: que lástima!
Eu apaguei. Ele comentou novamente. Eu apaguei e fui ao privado falar com ele.
Eu disse que aquele perfil era pessoal; Não um lugar para desavenças familiares. Que eu entendia que ele não gostasse, mas eu já era maior de idade, já tinha feito minha escolha e, aliás, eu nem tinha feito um desenho escandaloso. Que na próxima vez, quando ele quisesse falar alguma coisa nesse teor pra mim, ele poderia falar no privado. Ou pessoalmente.
Ficamos por isso mesmo. Ele, antes, fazia questão de reclamar a falar mal de tatuagem. Mas recentemente, quando eu fui pedir/implorar para fazer uma tatuagem de parzinho comigo, ele respondeu que não gostava. Que poderíamos ter outras memórias juntos. Que não queria ter uma marca na pele e etc.. e disse, em algum momento, que, hoje em dia, ele não iria mais dizer pra eu não fazer, que ele respeitava minha decisão, mas que não queria fazer nele.
Só quem conhece meu pai sabe o quanto isso é uma evolução! 😊