Geeeeeenteemmmm!
Eu sei que não sou uma blogueira exemplar, mas ultimamente estou de parabéns... 😳
Mas ó, é como eu já falei aqui e tenho repetido no Instagram @odiariodeumaesclero: eu ainda estou entrando no clima... Cêis vai me perdoando, que eu vou me alinhando. 😊
E hoje eu estou trazendo para vcs o Sua História no Diário De Uma Esclerosada, que foi enviado pela Ana Laura. Olha que atenciosa, que caprichosa e que história.
Eu gostaria de dizer a todos que passaram e que passarão aqui no Diário que é uma honra ser portadora da história de vcs. Que é uma honra que vcs me confiem essa saga que é a própria redescoberta. Que é uma honra ser irmã de batalha de todos vcs! 💕
Sem mais delongas, senhoras e senhores, com vcs: Ana Laura!
"10/02/2015: O início de uma nova fase na minha vida – Fase
Montanha Russa
Em outubro de 2013 começaram as dores, uma dor forte
que andava me incomodando logo no final da coluna. Marquei meu primeiro
ortopedista e se iniciou minha saga, chegando ao médico expliquei a dor e logo
sai com pedidos de raios-X, fui direto ao meu convênio e fiz os exames, marquei
o retorno que demorou uns 30 dias. Nesses dias eu sentia dor nas costas e um
choque que ao abaixar a cabeça percorria da nuca até meu pé. No dia da
consulta ele viu meus exames e eu lhe disse que estava sentindo choques de dor
e ele apenas disse que nos exames não havia nada e que devia ser falta de
exercícios, sai de lá com dor e com um pedido de RPG (Reeducação Postural
Global).
Para a minha surpresa RPG não constava no rol de
procedimentos que o convênio aceitava cobrir, e fiquei por alguns
meses assim: com dores e sem nenhuma saída.
Decidir marcar outro médico, ele viu meus exames
e solicitou uma ressonância na coluna, fiz e o levei, mas nada havia, saí com
mais pedidos de fisioterapia, 60 sessões e nada se resolvia.
Com as dores na coluna e o choque persistindo,
comecei a andar tropeçando como se a perna não respondesse, fui perdendo
movimento da perna e do braço, enquanto os formigamentos aumentavam. Tive
que marcar outro ortopedista, e o mesmo olhou os exames e disse que eu deveria
tomar uma fórmula, tomei por 20 dias como se tivesse tomando tictac, e os
sintomas persistindo, piorando meus movimentos. Cheguei a marcar outro ortopedista
em outra cidade ele viu todos meus exames e me disse que estava tudo normal,
além de soltar esta frase: “Você precisa parar com isso e voltar a trabalhar”
como se o meu problema fosse esse.
Passado o desaforo anterior, marquei então
outro, que se interessou pelo meu caso, dizendo que ficar tanto tempo com dores
e sem melhoras não era nem um pouco comum. Solicitou-me mais exames, os mesmos
estavam normais e recebi um encaminhamento para um neurologista, pois já fugia
de sua área de atuação.
Foi então que marquei meu
primeiro neurologista. Levei todos meus exames e ele me pediu pra me levantar,
ir até a porta e voltar. Quando reparou em minha situação me questionou porque
estava andando mancando e expliquei tudo à ele, que solicitou uma ressonância
de crânio e o líquor, pois ele estava desconfiando de Esclerose Múltipla.
Estava eu novamente na máquina: duas horas passaram
dentro de uma sala fria, sozinha, com todos aqueles barulhos e meu nervosismo
com o contraste; o liquido entrou queimando, me dando espasmos enquanto levava
bronca pra ficar quieta... Passado os dias o convênio autorizou meu líquor e lá
fui pro centro cirúrgico, outro lugar nada agradável, algumas horas se passaram
e então pude repousar em casa.
Com todos os exames em mãos, aguardando o retorno, meus sintomas
pioraram. Com medo resolvi ir atrás de outro médico e achei um especialista em
Esclerose em outra cidade, na sala perguntou-me o que estava acontecendo:
- Dr. faz dois anos que estou atrás da resposta. -
disse-lhe.
- Ele hoje você sairá daqui com a resposta.
Naquele dia sai com a resposta e mil dúvidas, pois naquele 10
de fevereiro de 2015 fui diagnosticada com Esclerose Múltipla.
Sou Ana Laura, tenho 32 anos e
num piscar de olhos tudo muda, tudo se transforma, um dia de cada vez, lutas
diárias, medos, frustrações, mutações. Saber lidar com o novo não e fácil.
Sou sobrevivente de uma guerra,
e a única arma que utilizo é meu sorriso, minha força de lutar, e sempre
sendo grata a ele que tudo pode.