terça-feira, 10 de outubro de 2017

Sua História no Diário De Uma Esclerosada por Ana Laura de Souza Carneiro

Geeeeeenteemmmm!

Eu sei que não sou uma blogueira exemplar, mas ultimamente estou de parabéns... 😳

Mas ó, é como eu já falei aqui e tenho repetido no Instagram @odiariodeumaesclero: eu ainda estou entrando no clima... Cêis vai me perdoando, que eu vou me alinhando. 😊

E hoje eu estou trazendo para vcs o Sua História no Diário De Uma Esclerosada, que foi enviado pela Ana Laura. Olha que atenciosa, que caprichosa e que história.

Eu gostaria de dizer a todos que passaram e que passarão aqui no Diário que é uma honra ser portadora da história de vcs. Que é uma honra que vcs me confiem essa saga que é a própria redescoberta. Que é uma honra ser irmã de batalha de todos vcs! 💕

Sem mais delongas, senhoras e senhores, com vcs: Ana Laura!


 "10/02/2015: O início de uma nova fase na minha vida – Fase Montanha Russa
   Em outubro de 2013 começaram as dores, uma dor forte que andava me incomodando logo no final da coluna. Marquei meu primeiro ortopedista e se iniciou minha saga, chegando ao médico expliquei a dor e logo sai com pedidos de raios-X, fui direto ao meu convênio e fiz os exames, marquei o retorno que demorou uns 30 dias. Nesses dias eu sentia dor nas costas e um choque que ao abaixar a cabeça percorria da nuca até meu pé. No dia da consulta ele viu meus exames e eu lhe disse que estava sentindo choques de dor e ele apenas disse que nos exames não havia nada e que devia ser falta de exercícios, sai de lá com dor e com um pedido de RPG (Reeducação Postural Global).
   Para a minha surpresa RPG não constava no rol de procedimentos que o convênio aceitava cobrir, e fiquei por alguns meses assim: com dores e sem nenhuma saída.
   Decidir marcar outro médico, ele viu meus exames e solicitou uma ressonância na coluna, fiz e o levei, mas nada havia, saí com mais pedidos de fisioterapia, 60 sessões e nada se resolvia.
   Com as dores na coluna e o choque persistindo, comecei a andar tropeçando como se a perna não respondesse, fui perdendo movimento da perna e do braço, enquanto os formigamentos aumentavam. Tive que marcar outro ortopedista, e o mesmo olhou os exames e disse que eu deveria tomar uma fórmula, tomei por 20 dias como se tivesse tomando tictac, e os sintomas persistindo, piorando meus movimentos. Cheguei a marcar outro ortopedista em outra cidade ele viu todos meus exames e me disse que estava tudo normal, além de soltar esta frase: “Você precisa parar com isso e voltar a trabalhar” como se o meu problema fosse esse.
   Passado o desaforo anterior, marquei então outro, que se interessou pelo meu caso, dizendo que ficar tanto tempo com dores e sem melhoras não era nem um pouco comum. Solicitou-me mais exames, os mesmos estavam normais e recebi um encaminhamento para um neurologista, pois já fugia de sua área de atuação.


   Foi então que marquei meu primeiro neurologista. Levei todos meus exames e ele me pediu pra me levantar, ir até a porta e voltar. Quando reparou em minha situação me questionou porque estava andando mancando e expliquei tudo à ele, que solicitou uma ressonância de crânio e o líquor, pois ele estava desconfiando de Esclerose Múltipla.


   Estava eu novamente na máquina: duas horas passaram dentro de uma sala fria, sozinha, com todos aqueles barulhos e meu nervosismo com o contraste; o liquido entrou queimando, me dando espasmos enquanto levava bronca pra ficar quieta... Passado os dias o convênio autorizou meu líquor e lá fui pro centro cirúrgico, outro lugar nada agradável, algumas horas se passaram e então pude repousar em casa.

Com todos os exames em mãos, aguardando o retorno, meus sintomas pioraram. Com medo resolvi ir atrás de outro médico e achei um especialista em Esclerose em outra cidade, na sala perguntou-me o que estava acontecendo:
   - Dr. faz dois anos que estou atrás da resposta. - disse-lhe.
   - Ele hoje você sairá daqui com a resposta.

Naquele dia sai com a resposta e mil dúvidas, pois naquele 10 de fevereiro de 2015 fui diagnosticada com Esclerose Múltipla.

Sou Ana Laura, tenho 32 anos e num piscar de olhos tudo muda, tudo se transforma, um dia de cada vez, lutas diárias, medos, frustrações, mutações. Saber lidar com o novo não e fácil.
Sou sobrevivente de uma guerra, e a única arma que utilizo é meu sorriso, minha força de lutar, e sempre sendo grata a ele que tudo pode.

Na dor é que obtive meu crescimento..."



Imagem enviada pela querida Ana Laura



terça-feira, 3 de outubro de 2017

Londres

Oi, pessoinhas!
Como estão?

Eu estou bem, obrigada! 
Ainda não estou bem instalada em Goiânia, porque vamos nos mudar. Então ainda estamos procurando um lugar, não desfizemos todas as malas e estamos acampado na casa da minha mãe. Afinal, não vale a pena religar internet, TV a cabo, etc.

Mas vamos ao que importa: LONDRES!!!!



Eu não me lembro quando nem como começou essa minha paixão por Londres. Só sei que em algum momento, eu me peguei completamente alucinada pela cidade! Eu desejava, mais que qualquer outra viagem, estar ali. Eu era/sou apaixonada por aquele sotaque. Encontrei-me arrependida de ter "investido" mais no inglês norte-americano que no britânico. Ficava besta com os filmes que eram ambientados ali. Sobretudo, os de época! Enfim, uma paixonite aguda!
E pensava constantemente: não posso morrer sem ir lá!

Pois bem. Depois que mudamos para Madri e depois de tantos "vai dar certo de irmos" e "não vai dar certo de irmos". fomos!!!! 😍

E eu nem sei por onde começar! Só sei dizer: preciso voltar lá!

Bom, fomos recebidos por uma pessoa muito especial: Camilla. Fomos muitíssimo amigas na sexta série do ensino fundamental, hoje sétimo ano. Mas seguimos rumos diferente e perdemos a intimidade. Mas ela não mediu esforços em nos hospedar, ajudar, guiar... e acabamos por conhecer sua família. Em especial o João Pedro, esse delicinha aí da foto:


Eu, Camillinha e João Pedro


Como fomos no final da nossa estadia em Madri, fomos com o dinheiro contado! 😅
Mas sabe uma coisa maravilhosa de Londres? Tem passeio de graça a torto e a direito! Os Museus? Todos de graça!!!

Chegamos quinta no comecinho da noite e fomos para a casa dela. Conversamos e comemos pizza até tarde.
Eu sou conhecida pela incrível por ter em meu dia a dia uma série incontável de "Isso só poderia acontecer com vc!" que chamaremos aqui de "SÓ PODIA SER VC". Tanto para coisas ruins, quanto para coisas boas. 😁

Na sexta pela manhã, aconteceu meu primeiro "só podia ser vc": houve um atentado numa estação de metrô em Londres. Para mostrar melhor o meu "só podia ser vc", abaixo tem um mapa das linhas de metrô da cidade. Dentro de um quadrado lilás, no canto inferior esquerdo, destaquei as duas estações das quais vou falar. O atentado foi na estação Parsons Green, que está no quadrado vermelho. Nós pegaríamos o metrô na Putney Bridge, no quadrado rosa. Programamos para sair bem cedo, mas enrolamos muito conversando e tomando café da manhã. Quando saímos de casa, o Tiago ainda achou que tinha esquecido o cartão do metrô. Correu na casa, só pra perceber que estava em seu bolso. À caminho da Putney Bridge, minha amiga liga e diz: Mudanças de planos. Não peguem o metrô! Eu não tenho dúvidas de que esse atraso foi Providencial!


Apesar da cidade seguir sua vida da forma mais normal possível, porque como turistas não notamos alvoroço (só trânsito lento e helicópteros nas proximidades), tentei imaginar como seria viver assim, com esse medo iminente. Ali, existem muitas regras, que permeiam o dia a dia dos cidadãos, com o intuito de prevenir estes acontecimentos. Por exemplo: vc não pode por sacolas, bolsas e mochilas no chão. Muito menos se afastar delas! Não foi nada fácil tentar me colocar no lugar destas pessoas. E olha que eu acho que não tenho a verdadeira noção do que é...

Continuamos com nossa programação. No nosso primeiro passeio, fomos realizar um desejo antigo: conhecer o Natural History Museum.


Nós e Darwin


E que lugar sensacional!


Entrada do Museu com os característicos esqueleto de Baleia e estátua de Darwin


Fóssil de Mamute


Entrada da exposição sobre a Terra com o fóssil de um dinossauro e uma escada rolante (ao fundo) que entra em um planeta em formação.


Eu poderia colocar todas as fotos que tirei aqui e ainda assim não conseguiria mostrar toda a beleza do museu. Até porque, chegamos quando abriu, por volta de 10h, fomos expulsos ao fechar, às 17:50h, e mesmo assim não conseguimos ver tudo! 💔

O segundo "só podia ser vc" foi que o famoso fóssil do Tiranossauro e algumas partes muito massa da paleontologia estavam em manutenção e não pudemos ver! 😡

Saímos dali e passamos na frente do Buckingham Palace, que foi o ponto alto da minha decepção. Por fora, ele é muito sem gracinha. O parlamento é beeeeeem mais lindo.
Ah! Não entramos por motivos de: 23 libras Lembrando que 1 libra custa pouco mais de 4 reais)!


Buckingham Palace


De noite andamos pela cidade e voltamos para casa. Mas tem uma coisa que eu estava notando: não tenho fotos boas de lá. Sabe aquelas que vc olha e pensa:  Porta retrato, certeza!"? Ainda não vi as fotos da máquina... Oremos!
Enfim...

No dia seguinte, sábado, fomos turistar com Camillinha e João Pedro.
Começamos com o basicão dos turistas. Descemos em Westminster Station e quando saímos demos de cara com ele: BIG BEN! 

E aqui nós damos uma parada no meu terceiro "só podia ser vc": desde sua construção é a primeira vez que o Big Ben fecha para reforma. 👍
E uma reforma que durará 5 anos!!! 👍👍


Mas mesmo assim, eu estava tão feliz que, pra variar, saí de olhinhos fechados na foto

Passeamos pela rua, atravessamos a Westminster Bridge e fomos até a London Eye. Mas só pra olhar mesmo... 😅
Dinheiro contado, lembram?

Voltamos pela ponte e fomos até à porta da Abadia de Westminster, que também, por fora, não é láááá estas coisas. 


Quando estávamos indo embora: Pá! Chuva! E volta a gente correndo para a lojinha da Abadia, que ainda não tínhamos entrado. E não é que foi bom? Comprei ali um pin dos cachorrinhos da rainha (Corgi) com uma coroa! 😆
Acho que foi uma das lembrancinhas que eu mais gostei! 😍


Seus cachorrinhos são super famosos e amados em Londres


Pegamos um barco em Westminster Pier. Em frente a London Eye, só que do outro lado do rio. 



Ele não é turístico, é trasporte público mesmo. Então pagamos "só" 6 libras. 


Saindo do Píer 

Passamos por baixo dessa lindona aqui: 





Tower Bridge


Dá pra perceber que o climinha estava uma delícia, do jeito que eu gosto! Um friozinho de chuva, sabe? Apesar de que, às vezes, é melhor não estar nublado. Mas pra mim, estava tudo perfeito! 😀

Descemos em Greenwich, mas ficamos do lado errado do rio e não vimos a linha do Meridiano de Greenwich. 😐

Demos uma passeadinha, comemos uma besteirinha em uma feira gastronômica com barraquinhas de diferentes países e partimos para Camden Town, bairro de Amy Winehouse.

Em Camden Tow comemos bem por um preço justo, vimos gente de todas as tribos, entramos em um trilhão de lojinhas de souvenir (coisa que o casal aqui mais ama fazer, apesar de não poder comprar!) e achamos lembrancinhas beeeeeeem mais baratas. Por exemplo, queríamos comprar um vidro quem dentro vem uma "espuminha" no formato dos pontos turísticos. Chegamos a encontrar por 15 libras. Numa lojinha batuta lá em Camden, encontramos por 2 libras! Negócio do século! 😎


Camden Market

E de noite voltamos nela!





Mas aí, meu povo... aí veio domingo! E com o domingo veio meu dia no Warner Bros Studio Tour!
Outra vez: qualquer quantidade de fotos e vídeos será insuficiente! E olha que tenho muuuuitas fotos e vídeos!
Mas vou mostrar um pouquinho pra vcs:


As roupas originais utilizadas para gravar os filmes


A mesa da festa do Torneio Tribuxo


A cama do Harry Potter 


A entrada da Câmara Secreta



A Floresta Proibida


A cerveja amanteigada (que é horrível) e o ônibus de três andares



Essa cena inesquecível!


Uma das pontes do Castelo


Uma das faixadas do Castelo


Outra faixada


Essa maquete é imensa, incrível e indescritível!


Foi maravilhoso!
Um muito obrigada ao marido que me deu o melhor presente de aniversário de todos os tempos!!!! 💖

Na segunda, fomos muito rápido ao Museu de Londres, que também é bárbaro!


Ele conta a história de Londres desde a Pré-história até os dias atuais. Mas tivemos correndo que passar por tudo, porque nosso voo era no meio da tarde. E até que chegássemos ao aeroporto, passássemos pelo controle de segurança... 
Aaahh! E a saída foi mais complicada que a entrada. Eles revistaram cada pedacinho das nossas bagagens, fizeram perguntas... mas deu tudo certo! 

Chegamos em Madri dia 18 e zarpamos para o Brasil dia 20.
Mas essa uma história (cabulosa) para outros capítulos!
Até mais, gente! 😘