domingo, 4 de dezembro de 2016

Não, este não é um 'publish post'!

Até pq eu não sou blogueira!
Tenho um blog, mas não sou blogueira. E sim, tem diferença.

Então vamos lá!
Ontem tive o prazer de fazer o curso do VegetariRango, com o Flávio.
Honestamente, eu nunca vi um vídeo dele. Uma amiga, que sabia dessa minha iniciação no mundo vegetariano e que também iria fazer o curso, me indicou.
E achei tudo tão legal, que estou me propondo a acompanhar, não só o canal dele, como outros canais de comidas vegetarianas/veganas.



Alguns de nós com a mão na massa pra fazer um chocookie vegano (sim, eu sou o porquinho! 🐖).
Turma  VegetariRango, Goiânia, Dezembro, 2016


Mas vamos do começo:
Em 2013 eu tive um início de Pânico. Na única crise séria que tive, no auge do desespero, arrumei minha mala e fui parar na cidade do marido. Esclarecendo: eu morava em Belém, PA. O Tiago (marido) tinha duas residências: uma em Belém, outra em Breves, na Ilha do Marajó (os não-nortistas piram!). 12 horas de barco ou 8h de catamarã (um tipo de lancha)! Então, eu passava muito tempo sozinha. Adicione à  mistura: o fim de um mestrado, a distância da família, uma pessoa ansiosa... BUM!

Depois do susto, o Tiago finalmente resolveu me dar uma cachorrinha (na época eu queria macho), pra fazer companhia. Eu queria já fazia tempo!!!
A ideia inicial era adotar um vira-latinha, mas me deixei levar pelo ti ti ti de "vira-lata isso e aquilo".
Pesquisamos raças, valores, locais, etc. E descobri a raça West Highland White Terrier. Confesso que, no começo, achei meio feiinho... mas quando descobri uma pessoa com uma ninhada e fui visitar... 😍😍😍😍😍😍😍

Nala foi para nossa casa dia 03 de janeiro de 2014.


Vê se eu aguento!


A Nala despertou em mim muitas coisas legais.
Uma delas foi me atentar para o fato de que ela tinha tudo (e mais!) que um cachorro precisa pra ser feliz, mas que existem um monte de animais de rua que não tem nem onde se esconder do sol ou da chuva, quanto mais o que comer!

Comecei esse "trabalho" fazendo doações de ração e peças para o bazar de uma ONG em Belém (Patinhas de Vida). Depois dei LT (lar temporário). Logo tiramos uma da rua pra ficar conosco, mas ela não sobreviveu... 😟


R.I.P., Lola. A gente te ama! ❤


Quando vi, estava fazendo resgates, ajudando outras pessoas, trocentos protetores como amigos... 😅
Então me tornei uma protetora independente. O que isso quer dizer? Que ajudo animais, NA MEDIDA DO POSSÍVEL, sem estar associada a nenhum grupo. Isso NÃO significa que faço tudo sozinha. Se não fossem os protetores que conheci em Goiânia, as pessoas maravilhosas que me ajudam, as clínicas que também embarcam nessa loucura... nada seria possível!

Agora vamos esclarecer: protetor não é milagreiro!
"Apareceu um cachorro na minha rua, vc pode levá-lo pro abrigo?"
"Resgatei um cachorro. Eu levo pra onde?"
"Nooooossa! Vc só posta coisa de cachorro; vc vive pedindo dinheiro pra cachorro...!"
"Aiinnnn... que dó! Alguém faz alguma coisa!"
😒

Nesse processo de me transformar em protetora, comecei a me questionar: de que adianta tirar animais da rua, se eu como outros? Se eu uso produtos testados em animais? etc... Comecei a mudar os hábitos. 
Hoje, aqui em casa, pelo menos até onde sabemos, não entra produtos testados em animais!
"Vc deixou de usar a marca X??? Ela é muito boa! Vc gostava tanto...".
Prioridades, né migs? 😉

No auge do meu momento de resgates, eu estava na crise da EM. Os sintomas mais limitantes tinham passados, mas ainda estava bem mais ou menos... rs! Então, quero agradecer ao marido por toda a ajuda!


Companheiro de latadas. Obrigada por me deixar ser louca me mantendo sã! 😗


Então esse foi o início da minha vontade de ser vegetariana.
Mas não para por aí. Não podemos esquecer da querida, amada e, sempre presente, EM!
Taaannndaaaannnn! \o/

Quando fui diagnosticada, meus pais pesquisaram bastante coisa... coitados! Um dia vou fazer um post contando como contei pra cada um... 😁
Minha mãe encontrou uma mulher chamada Laura Pires (ela está em redes sociais). Eu sou tão sem vergonha com esse negócio de acompanhar as coisas pela internet, que até hoje não parei pra ler toda a história da Laura. Mas de maneira resumida, a Laura também foi diagnosticada com EM. Não sei como foi o início do tratamento dela, mas hoje ela se trata apenas pela AYURVEDA.

Meeeellll Deeelllsss! O que é isso?

Ayurveda é o conhecimento médico tradicional da Índia, desenvolvido há 7 mil anos, sendo um dos mais antigos sistemas medicinais conhecidos pelo homem. A Ciência (veda) da vida (ayur) continua a ser a medicina oficial na Índia. 

Para a Ayurveda, a doença é mais que a manifestação dos sintomas. Ela se inicia bem antes de chegar à fase em que finalmente pode ser percebida. Por isso, pequenos desequilíbrios podem aumentar ao longo do tempo, se não forem corrigidos. Ou seja, estes pequenos desequilíbrios originam a enfermidade muito antes de podermos percebê-la. É uma filosofia médica que exige um diagnóstico prévio do desequilíbrio do paciente.

A Ayurveda baseia-se no princípio de que o Homem é uma miniatura da natureza. Desta forma, tudo o que está presente na natureza, está presente também no Homem. As pessoas adeptas dessa linha medicinal têm práticas, hábitos e crenças que permeiam o dia a dia. Uma dessas práticas é o cuidado diferencial com a alimentação. Os médicos ayurvedicos constantemente afirmam: “digestão é mais importante que alimentação”.

Certo! E onde entra a carne aí?
Aí é que está: não entra!
De acordo com a Ayurveda, a carne é um veneno para nosso organismo pois acredita-se que os alimentos tem energia e, no caso da carne, a energia de sofrimento e medo do animal são transferidas para quem consome.

As religiões e filosofias espiritualistas, geralmente acreditam que, durante a evolução do espírito, a tendência é nos desapegarmos da matéria, inclusive da carne como alimento. Eu nasci e cresci no Kardecismo. Este ano conheci a Umbanda. E acho que essa filosofia, além de muito bonita, tem tudo a ver comigo!

Então pra concluir:
  • Ainda não sou vegetariana, mas já larguei a "carne vermelha", já consigo ficar vários dias sem carne e abri minha cabeça e paladar para novos sabores!
  • Não, não tenho a intenção de ser vegana. Ao menos por enquanto.
  • O curso foi super legal! E não é só para os "naturebas". O Flávio mostra que mesmo que vc consuma carne, existe também a opção da comida sem carne. Só pra variar (open your minds!)!
  • Sobre o Pânico: nunca mais tive uma crise. Quando estou com medo e sozinha converso com a Nala. Ela costuma dormir com as costas encostadas nas minhas. Ela vigia de um lado e eu de outro! Hehehe
  • Lola morreu de Leptospirose 💔
  • Sim, sou protetora e aceito todo tipo de doação. E se eu fosse vc, escolheria um abrigo pra ser padrinho. R$10,00 por mês não mata ninguém e salva muitos animais!
  • Eu sou desesperada com comida e já falei coisas como: "não cheguei ao topo da cadeia alimentar pra comer alface". Nunca fui daquelas que respeitam as restrições alimentares. "DIETA? MOÇO! PRA QUÊ? Sacrificar o néctar dos deuses que é a comida pra perder peso???" Então eu sou a prova viva de que mudar os hábitos alimentares é possível.
  • Quer começar a não sabe por onde ou quer fazer sua parte e continuar comendo carne? Já conhece o projeto Segunda Sem Carne? Eles estão nas redes sociais!
  • Peixe, frango, frutos do mar SÃO CARNE!
  • Sou Bióloga de formação e Ecologicamente chata Correta. Acredito piamente que o consumo de vegetais é um caminho para diminuir o desmatamento, a temperatura do planeta, etc. "Aaaahhh, mas os grandes agricultores desmatam muito!". GENTE INOCENTE, BORA PESQUISAR! Existem outros modos de agricultura. Além disso, a pecuária é uma bomba para o meio ambiente: desperdiça água, polui a água, desmata horrores! A pecuária bovina é responsável pela emissão de pelo menos 50% dos gases-estufa, e por aí vai... BASTA PESQUISAR!
  • Não quer ser vegetariano e ainda quer ser meu amigo? Chega junto porque ser diferente completa o mundo! 

❤ Aqui só não vale julgar o coleguinha! ❤

2 comentários:

  1. Em lágrimas. Que bom ler a experiência de uma Mana e se fortalecer para acreditar em si é fazer as minhas mudanças! Agradecida! Asé

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